Ontem, no âmbito do nosso projecto "Varino Encantado" e "Eco-Escolas", a turma E do 4º ano, apresentou a todo o núcleo escolar um teatro intitulado "O Planeta Azul" .
O PLANETA AZUL
Narrador: Todas as manhãs quando o Planeta Azul acorda, mira-se nos espelhos dos oceanos: Atlântico, Índico, Pacífico e ainda no oceano Glaciar Ártico e Antárctico. Mas esta manhã ficou muito assustado coma sua imagem, já não estava todo azul!... Apareceram-lhe manchas vermelhas.
Nada contente, pensou:
Narrador: Resolveu fazer uma reunião. Chamou as mais importantes forças da Terra: o Sol e o Vento.
Planeta Azul - Ó grande Astro estás a ficar muito poderoso...
Narrador: O Sol muito quente e com muita franqueza respondeu:
Sol - Que queres! Abriram-me o caminho na camada de ozono, e os meus raios passam sem restrições, vão ao teu encontro muito fortes.
Narrador: O Planeta Azul perguntou-lhe:
Planeta Azul - Sabes quais são as razões que me levam a estar tão vermelho?
Sol - Se queres saber, tens de procurar a resposta naqueles que destruiram a camada de ozono, porque são esses os responsáveis pela tua mudança de côr – respondeu-lhe o Sol.
Narrador: Não satisfeito o Planeta Azul vai ouvir a opinião do Vento.
Planeta Azul - Ó Vento porque estás tão zangado, se sabes esperar de mansinho? Poderás dizer-me porque estou a ficar vermelho?
Narrador - O Vento respondeu com um sopro ainda mais forte:
Vento - Como queres que não me zangue? Baralham-me de tal modo as ideias, na confusão do degelo e do aquecimento da Terra!... Zango-me muito a sério, mas evito morrer aborrecido... Planetazinho, se conseguires tirar conclusões, acredito que consegues descobrir porque estás a mudar de cor.
Narrador - O Planeta Azul viu que o Sol e o Vento eram da mesma opinião: a culpa não era da Natureza, mas de quem a estragava...
Ele partiu à procura de quem tinha feito tanto mal. Foi ter com os mares e perguntou-lhes:
Planeta Azul - Podem dizer-me, já que andam na crista da onda, quem fez o Vento rabugento, o Sol violento e porque estou a ficar vermelho?
Narrador - Os mares responderam:
Mares - Pergunta talvez aos peixes...
Narrador - Assim fez. Repetiu a mesma pergunta aos peixes e eles responderam:
Peixes - Não sabemos... Só sabemos que os nossos filhos morrem aos cardumes...
Narrador - Depois encontrou as aves e fez-lhe a mesma pergunta.
Planeta Azul - Lindos pássaros, que enchem a Terra com lindos cânticos, dizei-me por favor, já que voais de terra em terra, quem fez o Vento rabugento, o Sol tão violento e porque estou a ficar vermelho?
Aves - Nós não sabemos... Só sabemos que os nossos filhos estão a morrer aos bandos...
Narrador - O Planeta Azul continuou e encontrou as abelhas:
Planeta Azul - Ó insectos tão trabalhadores, dizei-me, já que voais de flor em flor, quem fez o Vento tão rabugento, o Sol tão violento e porque estou a ficar vermelho?
Insectos - Disso nada sabemos. Só sabemos que os nossos filhos estão a morrer aos enxames...
Narrador - Mais à frente encontrou uma vaca que ruminava, pachorrenta, no pasto.
Planeta Azul - Ó querida vaquinha, que me dás leite logo pela manhã, és capaz de me dizer quem fez o Vento tão rabugento, o Sol tão violento e porque estou a ficar cada vez mais vermelho?
Vaquinha - Não sei, o que eu sei é que os meus filhos estão a morrer às manadas.
Narrador - No caminho encontrou uma ovelhinha com um lindo pêlo encaracolado.
Planeta Azul - Querida ovelhinha, do teu pêlo encaracolado faz-se a lã para os casacos e as camisolas!... Será que me sabes dizer quem fez o Vento rabugento, o Sol violento e porque estou cada vez mais vermelho?
Ovelhinha - Eu bem gostava de saber a resposta... Só sei que os meus filhos morrem aos rebanhos...
Narrador - O Planetazinho foi andando e encontrou os lobos, que lhe disseram que os seus filhos morriam às alcateias. Passou pelo deserto e também os camelos lhe deram a mesma resposta: tinham os filhos a morrer às cáfilas...
Narrador - Por fim, desanimado aproximou-se de um cão velho e triste:
Planeta Azul - Dizem que os cães são os melhores amigos do homem... Mas... saberás tu dizer-me quem fez o Vento tão rabugento, o Sol tão violento e porque estou a ficar cada vez mais vermelho?
Narrador - O cão deu uma resposta muito diferente:
Cão - Somos os melhores amigos do homem é verdade. O homem é que nem sempre é o nosso melhor amigo. Senão, não nos prendiam em canis, não nos batiam nem nos obrigavam a lutar com os nossos irmãos. Não nos deixavam passar frio e fome. E, quando fossemos velhos como eu não nos abandonavam nas matas.
Até os meus filhos morrem às matilhas... E se procuras uma resposta para quem fez o Vento rabugento, o Sol tão violento e porque estás tu a ficar cada vez mais vermelho, o melhor é procurares ao bicho Homem. Ele é o único a quem deram inteligência. Se ele não souber, não acredito que alguém saiba.
Narrador - Foi à procura do bicho Homem, aquele que era considerado o mais inteligente da Terra.
Narrador - Chegou a uma cidade. Rodeou-o uma multidão, e ele perguntou a um bombeiro:
Planeta Azul - Sabe-me dizer quem fez o Vento rabugento, o Sol violento e porque estou eu a ficar cada vez mais vermelho.
Narrador - O bombeiro respondeu:
Bombeiro - Penso que a culpa é dos incendiários que ateiam os fogos. Abrasam a terra e queimam o ar e as nossas florestas.
Narrador - O Planetazinho continuou o caminho e encontrou um homem que recolhia o lixo, enquanto os outros dormiam. O Planetazinho fez-lhe as mesmas perguntas e ele respondeu:
Homem - A culpa é dos esgotos, e de quem não trata dos lixos, suja os rios e os mares...
Narrador - O planetazinho achou que ainda havia algumas razões e perguntou a uma mulher cabeleireira.
Narrador - A mulher reflectiu e disse:
Mulher cabeleireira- Penso que a culpa é dos aerossóis. Os Homens inventaram os sprays e fabricaram lacas.
Narrador - De seguida, encontrou um engenheiro químico e fez-lhe as mesmas perguntas, e ele respondeu-lhe:
Engenheiro químico - A culpa é dos produtos químicos. São eles a destruir a Terra e a matar os animais e as plantas. Onde caem não nasce mais nada.
Planeta Azul - Basta! Basta!
Planeta Azul - Já sei muito!...Como pode o bicho Homem, sendo o mais inteligente, destruir-se a si próprio? Onde está afinal a sua inteligência? Agora já não me surpreendo com o Vento rabugento, o Sol tão violento e eu a ficar cada vez mais vermelho...
Narrador - Depois de todos os argumentos dados Planetazinho concluiu triste:
Planeta Azul - Se me estragarem e derem cabo de mim, nunca mais vou ouvir as histórias fantásticas que as mães contam aos filhos para adormecerem...
Planeta Azul - Como secam as roseiras, não haverá mais rosas vermelhas nos jardins para os pais colherem e oferecerem às mais belas meninas.
Planeta Azul - Nem o Coelhinho Branco terá mais couves para ir buscar à horta.
Planeta Azul - E a Cabra Cabrês nunca mais irá morar para a casa do Coelhinho Branco.
Planeta Azul - Nem a Formiga Rabiga pregará o maior susto da sua vida quando ameaçar que lhe fura a barriga.
Planeta Azul - Nem o Capuchinho Vermelho continuará a ser tão teimoso, nem irá seguir pelo caminho da floresta.
Planeta Azul - Nem o Principezinho ficará a saber as respostas para as perguntas que faz.
Planeta Azul - Assim ficarão os monstros encantados para sempre... Desaparecerão os lobos maus das florestas, aqueles que querem comer a avozinha.
Planeta Azul - Até o Principezinho, como gosta muito de viajar, irá para outro planeta de outra galáxia, e nunca mais voltará ao meu Planeta Azul.
Narrador - Devido a estas razões tão graves e porque não queria que tais coisas acontecessem, o Planeta Azul resolveu alertar os Homens. Reuniu-os e contou-lhes o que ouviu.
Narrador - Depois perguntou-lhes:
Já sabem porque estou a ficar tão vermelho, o Sol tão violento e o Vento tão rabugento?
Narrador - Todos ao mesmo tempo gritaram:
Todos - A culpa é da poluição!
- Ai sim!... E quem provoca a poluição?
Narrador - Os Homens envergonhados, perceberam que tinham de trabalhar para acabar, de uma vez por todas, com os aerossóis e os perigosos produtos químicos, os esgotos e os lixos nos rios, nos mares, os fumos, os gases no ar e os incêndios nas florestas.
Narrador - Senão, o bicho homem deixaria de ter um Planeta Azul para ficar com uma terra queimada, de cor vermelha, onde nem os animais, nem as plantas poderiam crescer e serem felizes.
Narrador - Incomodados com esta descoberta começaram a chorar. Dos olhos de cada um dos Homens nasceram fontes de água muito húmida e cristalina, e a água juntou-se e formou regatos que cresceram em muitos rios e foram ter ao mar. Toda a Terra ficou coberta de uma côr limpa e muito azul...
Narrador - O Planetazinho agora sorriu, pois conseguiu salvar os cães, os camelos, os lobos, as ovelhas, as vacas, as abelhas, as aves, os peixes e todos os outros animais da Terra.
Narrador - O Sol agora sem buraco de ozono, ficou menos violento e mais amigo do Planeta, o Vento nunca mais ficou tão rabugento e passou a soprar mansinho.
Narrador - Até vieram dar um abraço ao Planeta Azul!
Narrador - Agora o Planeta Azul pode descansar.
Narrador - Antes de adormecer fica a escutar as histórias que as mães contam aos filhos à noite e deu conta que, de novo as histórias ficaram com finais felizes...
4 comentários:
Eu adorei a nossa peça de teatro "O Planeta Azul" eu era a narradora e tb havia dois narradores,tb gostei dos fantoches,
à cerca dos fantoches tivémos mt trabalho a pintar, e às vezes a nossa professora mandavanos levar para casa para pintarmos, tivémos tb de ensair muitas vezes para a peça, e só ensaiamos uma vez na biblioteca no fantocheiro, tinhamos de ter tudo arrumado para o dia da peça de teatro.
Aluna Carolina Turma E 4º- Ano
E ainda não sabem da última a nossa turma foi convidada pela Escola D. Miguel de Almeida para irmos apresentar a nossa peça de teatro o Planeta Azul , nós achamos fantástico logo que soubemos da notícia.
Aluna Carolina Turma E 4º Ano
Eu adorei a peça de teatro da turma E do 4º ano,eu acho que a peça tinha haver com a poluição e a protecção do nosso planeta , eu dou os meus parabéns à turma E.
Aluna Beatriz Correia Turma B 2º ano
Obrigado pela tua colaboração à nossa turma,tens razão a peça tem haver com a poluição e a protecção
do planeta muito obrigado por comentares, jinhos da mana.
Aluna Carolina Tuma E 4ºAno
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